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Esquecer?

  • Foto do escritor: Joany Cruz
    Joany Cruz
  • 21 de out. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 23 de out. de 2019

De entre tantos acontecimentos memoráveis, são na verdade os mais simples, os mais comums que tendemos a nunca esquecer. Quando era pequena o meu avô ensinou-me a andar de baloiço e hoje o meu avô é o meu ídolo e um tão simples baloiço, toda uma fonte de liberdade.

Talvez apenas recordemos coisas perdidas, devoradas pelo mundo cruel ou pelo simples processo de crescer, talvez apenas essas memórias estejam gravadas tão profundamente no nosso coração que nunca partem do nosso subconsciente.

Mas hoje olho e pergunto-me...com o tempo vou me lembrar de ti?

Tu que és coletivo e que em qualquer parte me fazes rir, tu que és uma amiga, um amigo, ou até um namorado, tu que és aqueles que amo. Poderias desaparecer da minha memória?

Afinal, não és parte do comum e, se perder alguma das tuas partes, penso que seria doloroso demais para recordar.Mas...não quero esquecer, em qualquer possível desfecho da minha vida, porque o amor e a amizade do qual és feito são as pedras preciosas da sociedade, são raras, distintas e quase impossíveis de obter.

Oh, doce ou amarga memória, diz-me que me enganei! Que o que fica gravado são estes acontecimentos únicos, extraordinários, incomuns, o que lhes queiras chamar. Afinal o meu avô não era algo banal, ele foi o primeiro, o primeiro que eu fiz verdadeiramente feliz em toda a vida e, se o mundo tiver um pingo de bondade, são estas pessoas, estes momentos em que nos fazem felizes ou que transmitimos a nossa alegria, que nem no último dos meus dias, eu poderei esquecer.

Joana Rita Cruz 15/10/2019

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