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E se és um caco?

  • Foto do escritor: Joany Cruz
    Joany Cruz
  • 15 de out. de 2019
  • 1 min de leitura

"Quem és?"

Ela não sabia a resposta

In media rés

Dessa vida proposta.


Proposta numa realidade

Que só inspira a confusão

Uma universidade

De partir o coração.


Em que somos pedaços

Simples cacos

Com lágrimas colados

Mantidos por abraços.


Alguns até falsos

Outros genuínos

De pés descalços

Sobre vidros finos.

Vidros de mentira

Ou até ansiedade

Ninguém falaria

Desta sociedade.


Em que desconhecemos

Nossa própria essência

E dos outros tememos

Qualquer aparência.


Mas é assim

Um mundo real

Em que segundo si

Nada era especial.


Até perceber

Uma singular verdade

Um cógito ver

Na mais destroçada sociedade.


Existe amor

Ela é quem ama

Vive dessa "dor"

De quem não se engana.


"Quem és?"

Perguntaram-lhe

E com vidros aos pés

Revelaram-lhe.


Que eram cascas vazias

Meros corpos ocos

Sementes de contados dias

Para calabouços.


Pois sem amor não se vive

Mais que ilusão

Mesmo que dite

Força ao próprio coração.

Apenas com esse sentimento

Divinal emoção

Existe enchimento

Nesse corpo de inquietação.


Por isso deixa

Que tal domine

Nesta queixa

Da sociedade que vive.


De vidros e cacos

Cascas vazias

Para alcançar charcos

De tamanhas alegrias.


"Sou aquela

Que vive de amor

Sou a bela

Dama sem dor


Já me encontrei

Por isso força

Nunca perguntei

Que tal a vossa realidade oca?".

Joana Rita Cruz 28/04/2019






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