Limite
- Joany Cruz
- 24 de fev. de 2020
- 1 min de leitura
Por vezes chegamos ao limite
Ao tão triste e feio
Deplorável e necrótico
Limite
Naquela manhã
Uma bela alvorada
De sol a raiar
Uma menina lá chegou
E as lágrimas rolaram
Como linhas concisas
De dor, frustração
E mais dor
Mas a menina não conseguia
Gritar e suplicar
Avisar e pedir ajuda
Por puro ingénuo orgulho
A alvorada da ilusão
Presente de forma tal
Naquele cérebro jovem
Era tentadora
E
por isso
Deixou se
Chegar ao limite
Oh menina orgulhosa
Deplorável alma lutadora
Tão alegremente justiceira
Mera teimosia enfadonha
Oh mera mulher choradeira
Que te deixas destruir
Porque tens medo
de simplesmente seres humana
Admite
Chegaste
Ao
Limite
Não te deixes tentar
Pelo tão profundo abismo
Nem tentes
Suster as lágrimas
Deixa-te cair
Na alegre envolvência
Desse amor
Daqueles que querem saber
E permite-os
Afastar-te
Do
Limite
A alvorada pode ser real
O orgulho pode ser curado
Mas pelo menos
Deixa te ser menina
Menina chora e ri
Humana cai e grita
Mulher luta e perde
Mas vive e vive a vida
E assim,
Admite que
Chegaste
Ao limite.
Joana Rita Cruz 23/01/2020
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